sábado, 4 de junho de 2011

CUIDAR DO PLANETA... OU CUIDAR DO SER?

Sustentabilidade é o assunto em voga e em moda. Muitas empresas têm usado essa idéia mais como marketing do que como mudança de pensamento. Esses movimentos são válidos, porém não são suficientes na medida em que afetam apenas alguns comportamentos e não fazem uma mudança profunda de consciência. Em busca desta mudança, fóruns tem sido realizados, como o  “IV Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade” foi realizado em BH, dia 26 e 27 de maio de 2011, com pensadores importantes trazendo suas reflexões e discutindo idéias com a população interessada.
Caso você seja uma dessas pessoas que se sensibilizam com a sustentabilidade, deve estar preparado para enfrentar a grande massa ainda desligada da problemática planetária. Será necessário enfrentar todo um contexto que não mudou e seus esforços serão maiores para agir sustentavelmente.
Tomo como um simples exemplo a reciclagem. Eu separo o lixo reciclável na minha casa, mas no prédio onde moro não existe separação, no bairro onde moro não existe coleta seletiva e não há nenhum coletor para depositarmos os recicláveis. O que eu tenho feito é carregar a sacola de recicláveis até encontrar um catador para doá-la. Quando eu morava na casa da minha mãe, eu separava, mas ela não. E pra piorar, colocava os recicláveis para serem levados pelo coletor de lixo comum. Acho que ainda me falta a iniciativa para fazer uma micro campanha nos meus contextos de relação. Dessa forma, ter uma ação consciente requer um desejo verdadeiro, que perpassa primeiro pela conscientiz-ação.
Acredito que o maior desafio é que, para cuidar do nosso planeta, precisamos primeiro aprender a cuidar de nós mesmos, em todos os sentidos: das nossas carências, das nossas necessidades, dos nossos medos e ansiedades, das nossas loucuras e insanidades, de nossas idéias, de nossos sentimentos e emoções... Por detrás do desmazelo com o planeta, existe primeiro um abandono do ser humano consigo mesmo, deixando-o perdido em buscas ansiosas sustentadas pelo capitalismo desenfreado e por anestesias oferecidas pelas diversas compulsões.
Educação se faz necessária! A busca do SER se faz urgente! Mas a escolha é de cada um, isso se chama livre-arbítrio!
 Adriana Freitas