“Aprendi que não
posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de
mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...”
William Shakespeare
Esse trecho do
Shakespeare reflete o que penso atualmente, mas infelizmente meu sentimento
ainda não sintonizou com meu pensamento ou pelo menos a minha carência, quando
ela aparece, faz questão de não entender isso.
Sim, porque quando
estamos carentes a vontade é de exigir que o mundo ande rápido pras coisas acontecerem.
Queremos o amor e queremos pra hoje, ou melhor ainda, pra ontem. Paciência que
nada!
E de onde vem a
carência que nos aumenta a ansiedade?
Vem das nossas
necessidades não supridas, dos nossos desejos não realizados, dos nossos
débitos com a gente mesmo.
E como consequência,
projetamos (uma ou várias) expectativas nos nossos parceiros, esperando que
eles tenham a fórmula mágica para nos satisfazer, para cobrir nossas faltas.
Esperamos o Príncipe (ou Princesa) Encantado que vai chegar num cavalo branco –
ou numa versão mais moderna num carrão importado como no filme “Uma linda
mulher” – para nos salvar das nossas misérias.
Dessa forma,
colocamos uma responsabilidade que seria nossa, nas costas de outra pessoa, que
por mais bem intencionada que seja, não deveria carregar esse peso.
Relacionamentos deveriam ser pássaros em vôo e não engaiolados, aproveitando a
metáfora de alguns textos de Rubem Alves.
E antes mesmo de ter
relacionamentos em vôo, eu me lembro que eu mesma quero SER pássaro em vôo! E estou
ainda aprendendo a bater minhas asas...
Por isso, sempre que
sinto essa falta, essa carência de ter um parceiro, procuro lembrar de me
perguntar o que posso fazer por mim mesma? O que estou precisando neste
momento?
E desde ontem me
lembrei que estava me devendo investir no meu projeto de “Aprendiz de
Escritora”. E então saiu este texto.
Bem, ainda continuo
desejando parceria, mas em primeiro lugar estou cuidando das minhas
necessidades, para que eu tenha “boas razões para que gostem de mim”.
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